domingo, 8 de novembro de 2015

Um dia após o outro

Olá meninas.
Completei 32 semanas de gestação e estou aguardando a chegada do homenzinho da minha vida.
Como sabem, toda minha gestação está sendo delicada na parte emocional, enfrentei (se é que já enfrentei) uma separação e venho tentando lidar com meus sentimentos a cada dia.
Tenho tentado ficar bem e feliz para não passar tantas angústias para meu bebezinho que não tem nada a ver com isso, mas confesso para vocês que não tem sido fácil.
Parece que estou vivendo no piloto automático e nem me dou conta das ações que tomo no meu dia a dia, só caio em mim quando sou tomada por um surto de realidade e caio no choro. Não é fácil passar por tudo isso sozinha. Como toda gestante, tenho dores nas costas, inchaço, dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia, porém não tenho ninguém para me ajudar, fazer uma massagem, me abraçar, conversar, nem que seja para dizer que vai ficar tudo bem. Vivia uma vida tão intensa com meu ex, e com tanta certeza de que ficaríamos juntos para sempre, que nem fui capaz de fazer um plano B.
Nunca mais ouvi música e raramente ligo a tv, pois parece que todas as músicas e toda programação da tv me fazem sofrer ainda mais. As músicas parece que falam diretamente comigo e me ferem ainda mais e as famílias felizes e completas, estilo comercial de margarina, que passam na tv, tem o dom de me deixar pior. Então estou aqui, dormindo e acordando e esperando pela hora em que tudo isso vai melhorar, torcendo para que eu passe ilesa por tudo isso.
Deus vai agir

sábado, 31 de outubro de 2015

Depressão na gestação 01

Então...
Estou aqui, grávida, sozinha e mal.
Quando me separei do meu companheiro e me deparei com essa imensa solidão, estando grávida, comecei a procurar blogs, páginas ou qualquer coisa em busca de alguém que estivesse passando pela mesma situação que eu, pra me sentir "menos pior" talvez. Comecei a ler diversas coisas de mães solteiras e no meio do caminho sempre lia coisas assim: "então minha mãe fica com o bebê enquanto...", ou, "minhã irmã tem me ajudado...", ou "arrumei um namorado que me da muito apoio...", ou "quando a babá não vem...", ou "minha empregada limpou...", resumindo, parece que ninguém estava de fato lidando com essa experiência sozinha, apenas sem marido, então eu continuava me sentindo péssima. Queria alguém que de fato estivesse passando por tudo isso sozinha para que eu pudesse aprender com essa experiência. Como não achei ninguém, cá estou, escrevendo para talvez futuramente ajudar ou só dividir essa experiência com alguém.
Graças a Deus tenho meus pais vivos e minha mãe me apoia sempre que possível, via telefone, pois moramos em estados diferentes, sou filha única, então contar com ajuda de irmãos não tem como. Não tenho nenhum parente aqui onde moro e amigos eu não fiz, pelo fato de vir pra cá "casada" e sempre ter uma rotina cheia, enfim, estou fisicamente sozinha aguardando a chegada do meu bebê.
Já tive quadros de depressão ao longo da vida, sendo que um foi bem grave e tive que tratar com medicamento por anos. Nesse momento, venho passando por um estado psicológico bem delicado, por tudo o que me aconteceu e morro de medo de cair novamente em uma depressão profunda. Tenho lido a respeito e sei que após o parto temos uma série de mudanças hormonais e no cotidiano que contribuem ainda mais para esse quadro, então estou aqui, vivendo um dia após o outro e tentando me segurar e me controlar ao máximo para não cair nessa de novo.
Semana que vem tenho consulta e vou relatar para meu médico esse meu receio, por isso dei o título de "depressão 01", pois pretendo relatar esse processo todo aqui. Sei que os medicamentos que tratam essa "doença infeliz" são muito fortes, então não sei ao certo como farei para evitar esse mal, mas todas as informações e ajudas que eu conseguir, irei compartilhar com vocês.
Deus vai agir

Você não é obrigada a ser feliz o tempo todo

Olá.
Sabemos que a gestação é um momento lindo e mágico. Porém não é assim que venho me sentindo ao longo desse período, muito pelo contrário, choro todo dia e muitas vezes parece que não vejo uma luz no fim do túnel. Me sinto muito mal por não estar com um sorriso no rosto, como imaginei que seria se um dia eu engravidasse. Tenho passado por momentos bem difíceis e está sendo difícil lidar comigo mesma, o que me faz ficar em pânico, imaginando que eu não consiga dar conta de cuidar do bebê também.
Não estou mais arrumando os preparativos para a chegada do bebê, minha casa faz tempo que não vê uma faxina e eu então? Nem se fale, esqueci de mim.
Choro por estar sozinha, choro por não saber o que fazer e choro por saber que estou triste e isso tudo pode estar afetando o bebê. Parece que tem um balão dentro da minha cabeça e vivo flutuando, sem rumo, sem sentido e sozinha.
Li em algum lugar que não devemos nos obrigar a estar felizes o tempo todo, só porque estamos grávidas, sei que passo do limite com esses "momentos não felizes", mas talvez seja isso mesmo. Tudo bem se não estamos bem, vamos chorar quando tiver que chorar e colocar pra fora. Ninguém disse que seria fácil.
Deus vai agir

domingo, 18 de outubro de 2015

Falta de apetite na gestação

Olá mamães.
Como sabemos, a nutrição é uma parte importante na gestação, pois dará conta de passar os nutrientes necessários para o bebê.
Estou com 7 meses e meu apetite foi abaixo de zero, por conta da situação toda pela qual estou passando, não sinto a mínima vontade de comer. Preparo os alimentos pensando no meu bebezinho que está por vir, mas na hora de comer, simplesmente não desce.
Iniciei ontem com o AAS infantil (indicado pelo médico), pois também estou com incisuras nas artérias uterinas, o que também prejudica a passagem de nutrientes para o bebê e comprei algumas frutas para fazer vitamina, vamos ver se assim vai. Perdi peso nessas últimas semanas e o bebê também está um pouco magrinho :(
Não quero passar nada do meu sofrimento para ele, tadinho, tão pequenininho.
"Deus vai agir"
Bjs

sábado, 17 de outubro de 2015

Separação durante a gestação

Vou contar um pouco da minha história pra vocês.
Minha vida nunca foi um lindo conto de fadas, mas sempre foi ótima. Eu tinha um relacionamento estável (aparentemente) e perfeito, com muito amor, cumplicidade e carinho, não formalizado no papel, mas não deixava de ser um "casamento". Fiquei 8 anos com essa pessoa, dos quais 7 morando juntos. Tínhamos diversos planos como qualquer casal e todos estavam se concretizando aos poucos, faculdade, profissão, compra da casa, móveis novos e finalmente o bebê (tão sonhado e planejado).
Eis que eu engravidei e o momento da descoberta foi feliz para ambos, mas logo na sequencia comecei a achar meu companheiro meio distante, meio alheio a tudo o que dizia respeito a mim e ao bebê. Passava horas no celular, nunca lembrava de nada do que eu falava pois estava sempre distraído, começou a fazer passeios e programas sem mim. Diversas vezes mencionei isso a ele em nossas conversas, mas ele sempre dizia que "não tinha nada a ver", que me amava e blá blá blá. Como ficamos muito sensíveis durante a gestação, cheguei a acreditar que pudesse ser eu quem estivesse achando coisa onde não tinha mesmo.
Os dias foram passando, ele perdeu a avó nesse meio tempo e decidi não tocar mais no assunto para não piorar as coisas. Ele permaneceu distante e eu respeitei, por achar que era só a dor pela perda da avó, até que um dia resolvi perguntar sem rodeios se tinha outra pessoa nessa história, nessas mensagens e nesse afastamento e para a minha surpresa a resposta foi sim. O mundo caiu sobre minha cabeça, foi como se abrissem um buraco imenso no meu peito. Nem lembro mais qual foi minha reação na hora, porque o choque foi grande, fiquei em pânico, chorei como uma criança, sem fôlego.
Dois dias depois de tanto chorar, pensando no bem estar do bebezinho que estava dentro de mim, coloquei algumas peças de roupa no carro e fui para a casa da minha mãe, avisei para ele somente quando já estava lá. Fiquei uma semana tentando entender tudo o que estava acontecendo e falando pouco com ele nesse período. Quando retornei pra casa novamente, surpresa número dois, ele tinha encaixotado todas as coisas dele e estava com a mudança marcada. E assim ele partiu, levando alguns móveis, alguns pertences e o pior de tudo... meu coração.
Tentamos algumas conversas depois disso, mas quanto mais eu falava e mais eu abria meu coração, mais indiferente ele parecia.
Quando ele saiu de casa eu estava com 3 meses de gestação Hoje, aos 7 meses de gestação, continuo sofrendo e chorando feito uma criança sem fôlego.
Meu bebezinho está aqui, crescendo dentro de mim, e é pensando nele que venho tentando buscar forças para superar esse momento tão difícil.
Deus sabe de todas as coisas.

Olá mamães Só e inteiras (solteiras)

A intenção desse blog é compartilhar desabafos e experiências com as mamães solteiras que criam e amam seus filhos sozinhas, por opção ou não. Você não é a única no mundo, estamos juntas.
Bjs